Mais de 500 mil em El Alto com Evo Morales

08/10/2014
  • Español
  • English
  • Français
  • Deutsch
  • Português
  • Opinión
-A +A
Candidato à reeleição em sufrágio marcado para o domingo (12), atual presidente boliviano ressaltou importância da nacionalização dos setores estratégicos, frisou que La Paz será capital da energia nuclear e decretou: "Aceitamos cooperação. Chantagem, nunca mais".
 
http://4.bp.blogspot.com/-eqo-385ml5Y/VDZ9K6dbdxI/AAAAAAAABzk/q83oY2W-a9U/s1600/08-10-2014%2BEvo%2B-%2Bbandeira%2Bdo%2Bbrasil%2B-%2Bfoto%2BFelipe%2BBianchi%2B(1%2Bde%2B1).jpg
Evo agita bandeira brasileira durante ato. Foto: Felipe Bianchi
 
Mais de meio milhão de bolivianos se somaram nesta quarta-feira (8), em El Alto, no comício de encerramento da campanha à reeleição do presidente Evo Morales – o país vais às urnas no domingo (12). Em frente ao palanque – montado ao lado da estátua de Che Guevara, que tombou no país andino, no mesmo 8 de outubro, em 1967 –, um mar de bandeiras azuis do Movimento ao Socialismo (MAS) e  ‘wipalas’, símbolo da rebeldia e da determinação indígena frente ao colonialismo, reafirmando a popularidade do projeto iniciado pelo governo em 2006.
 
http://2.bp.blogspot.com/-nNY5zLluEMQ/VDZ9mrNXciI/AAAAAAAABzs/UhGaWJoio4E/s1600/08-10-2014%2BEvo%2B-%2Bato%2Bem%2BEl%2BAlto%2B-%2Bfotos%2BLidyane%2BPonciano%2B(1%2Bde%2B1).jpg
Multidão toma as ruas de El Alto, a 4 mil metros de altitude
 
“Enfrentamos os saqueadores e o modelo de assalto ao nosso país e nossas riquezas”, salientou Evo. “Superamos um histórico de golpes de Estado, ditaduras militares e intervenções do imperialismo. Isso acabou, graças à luta e à consciência do povo. Por isso não temos mais, no Palácio de governo, a embaixada dos Estados Unidos ou o Departamento Anti-drogas norte-americano. Estamos melhor no aspecto democrático, econômico e social. Vamos avançar ainda mais nos próximos cinco anos°, sublinhou Evo.
 
Ainda em relação ao passado não tão distante – em 2005, a pobreza extrema atingia quatro em cada 10 bolivianos –, o candidato à reeleição lembrou que, antes, falavam aos povos indígenas que serviam para votar, não para serem votados. “Nove anos depois, ensinamos os vende-pátrias, os imperialistas, os entreguistas e os separatistas como se governa”, sentenciou.
http://3.bp.blogspot.com/-ep-osac27CE/VDZ9yBltNBI/AAAAAAAABz0/jdbkO8eYhNI/s1600/08-10-2014%2BEvo%2B-%2Bato%2Bem%2BEl%2BAlto%2B-%2Bfotos%2BLidyane%2BPonciano%2B(2%2Bde%2B4).jpg
Vice-presidente Álvaro García Linera conversa com Evo Morales
 
O presidente agradeceu o apoio e o compromisso dos movimentos sociais que se somaram para levar o projeto nacional a cabo e, agora, para aprofundá-lo. Ele também saudou a solidariedade das delegações brasileira e argentina presentes ao ato. “A unidade nos garante dignidade e soberania”, destacou.
 
Ele também comemorou a derrota dos separatistas dos estados da chamada “meia lua”: Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija. “Agora estamos unidos, somos uma lua cheia e construímos um país livre, com estabilidade e crescimento econômico, trazendo esperança e garantia para as futuras gerações°.
 
O ex-líder cocalero, disparado no primeiro lugar das pesquisas eleitorais, lembrou que antes das nacionalizações dos hidrocarbonetos o país recebia pouco mais de 300 milhões de dólares. Para este ano, o governo projeto cerca de sete bilhões. Evo defendeu que o país deve deixar cada vez mais de ser um exportador de matérias-primas sem valor agregado e alavancar a industrialização das riquezas naturais.
http://4.bp.blogspot.com/-Aa-kzapk9Ks/VDZ_FVkmXkI/AAAAAAAAB0A/ny_VuD-8rIs/s1600/08-10-2014%2BEvo%2B-%2Bato%2Bem%2BEl%2BAlto%2B-%2Bfotos%2BLidyane%2BPonciano%2B(1%2Bde%2B4).jpg
“Vamos transformar a Bolívia no centro energético da América do Sul. Este é um compromisso que afirmamos como política de Estado, não de governo”, assinalou. “Com investimentos em energias limpas”, destacou Evo, o governo boliviano potencializará a industrialização do país. “Pando será a capital da energia solar, Potosí da energIa térmica, e Tarija da termoelétrica. La Paz, por sua vez, será a capital da energia nuclear”.
 
Em relação à soberania do país, o candidato à reeleição comemorou o fato de a Bolívia não depender de mais ninguém: “O nosso Banco Central servia ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Agora, aceitamos cooperação, mas chantagem nunca mais”.
 
Fotos por Lidyane Ponciano
 
https://www.alainet.org/es/node/104089
Suscribirse a America Latina en Movimiento - RSS